Zelensky convida Trump para negociações com Rússia

Zelensky convida Trump para negociações com Rússia

Presidente ucraniano quer ex-presidente americano nas conversas de paz em Istambul, enquanto Putin evita confirmar presença nas negociações

O presidente ucraniano Volodimir Zelensky anunciou nesta segunda-feira (12) seu desejo de ter o ex-presidente americano Donald Trump presente nas negociações de paz com a Rússia, programadas para acontecer em Istambul. O encontro, que seria o primeiro entre representantes russos e ucranianos desde março de 2022, surge como resposta à proposta de um cessar-fogo de 30 dias apresentada por Kiev e seus aliados.

As negociações previstas apresentam os seguintes desenvolvimentos:

* Zelensky confirmou sua presença “pessoalmente” no encontro e expressou nas redes sociais: “Estarei na Turquia. Espero que os russos não evitem esta reunião. E, claro, todos nós na Ucrânia esperamos que o presidente Trump esteja lá conosco”.

* Trump demonstrou interesse em participar, declarando que “Pensei em viajar para lá. Acho que existe uma possibilidade, se eu achar que as coisas podem acontecer”.

* O Kremlin, por sua vez, mantém-se hesitante quanto à participação do presidente Vladimir Putin, evitando confirmar quem representará a Rússia nas negociações.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, incentivou ambas as partes a aproveitarem esta “janela de oportunidade” para alcançar um acordo de paz. O conflito, iniciado em 24 de fevereiro de 2022, já causou dezenas de milhares de mortes e forçou milhões de pessoas a abandonarem suas casas.

A tensão permanece elevada, com ataques continuando em ambos os lados. Em Sumy, no nordeste da Ucrânia, um ataque de drone russo resultou em uma morte e três feridos. Na região de Kherson, ocupada pela Rússia, quatro civis morreram em Chelburda devido a ataques de drones ucranianos.

O ministro das Relações Exteriores ucraniano, Andrii Sibiga, acusou os russos de “ignorarem completamente a oferta de um cessar-fogo abrangente e duradouro a partir de 12 de maio”, enquanto o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, rejeitou o que chamou de “linguagem dos ultimatos”.

Putin indicou que as conversas devem focar nas “raízes profundas” do conflito, incluindo questões como a alegada “desnazificação” da Ucrânia e a proteção dos falantes de russo no leste do país – alegações que Kiev e o Ocidente rejeitam categoricamente, considerando a invasão russa como uma apropriação imperialista de terras.

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