Zambelli é acusada de planejar invasão ao CNJ

Zambelli é acusada de planejar invasão ao CNJ

Ministra enfrenta acusações de ordenar invasão hacker ao sistema do CNJ dias antes do 8 de janeiro, com pena proposta de 10 anos de prisão

A invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi parte de um plano mais amplo que culminou nos ataques de 8 de janeiro de 2023, segundo o voto do ministro Alexandre de Moraes no julgamento que pode condenar a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti.

O julgamento na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) já conta com dois votos pela condenação dos réus. Para Zambelli, a pena proposta é de 10 anos de prisão em regime fechado, com perda do mandato, enquanto para Delgatti é de 8 anos e 3 meses.

Cronologia dos Eventos

* Em 28 de julho de 2022, Zambelli e Delgatti se encontram pela primeira vez em um hotel em Ribeirão Preto (SP)

* Em 9 de agosto de 2022, ocorre uma reunião na sede do PL em Brasília, organizada por Zambelli, com a presença de Delgatti e Valdemar da Costa Neto

* No dia seguinte, Delgatti participa de um café da manhã não oficial com o então presidente Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada

* Em setembro de 2022, acontece um encontro numa lanchonete no interior de São Paulo, onde, segundo Delgatti, Zambelli solicita a invasão de um sistema do Judiciário

* Em 4 de janeiro de 2023, dias antes dos ataques em Brasília, documentos falsos são inseridos no sistema do CNJ, incluindo um mandado de prisão contra o próprio ministro Moraes

De acordo com Moraes, foram encontradas “provas técnicas e irrefutáveis” contra a parlamentar, incluindo arquivos dos documentos falsos tanto nos equipamentos de Delgatti quanto no celular de Zambelli.

A investigação da Polícia Federal e a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) apontam que o objetivo dos crimes seria desacreditar o Judiciário e criar um ambiente favorável à ruptura institucional.

A defesa de Zambelli, representada pelo advogado Daniel Leon Bialski, contesta as acusações, alegando falta de provas incontestáveis e cerceamento de defesa. Já o advogado de Delgatti, Ariovaldo Moreira, afirma que seu cliente colaborou com as investigações e é réu confesso.

O julgamento ainda aguarda os votos dos ministros Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin para ser concluído. Os réus são acusados de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.

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