Menu
Investigações sobre o plano de golpe revelaram áudios comprometedores do policial federal Wladimir Matos Soares, que demonstram sua intenção de executar ações violentas para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Atualmente preso preventivamente desde novembro de 2024, Soares foi denunciado por participação na trama golpista.
Mensagens recuperadas do backup do WhatsApp no computador de trabalho do agente revelam detalhes alarmantes sobre o planejamento do golpe:
* Wladimir Matos Soares confessou fazer parte de uma “equipe de operações especiais” fortemente armada, preparada para “empurrar quem viesse à frente” e impedir a posse presidencial.
* Em uma das conversas, o policial afirmou: “Esperávamos só o ok do presidente, uma canetada, pra gente agir. Só que o presidente deu para trás porque na véspera que a gente ia agir o presidente foi traído dentro do Exército”.
* Sobre a frustração do plano, Soares declarou: “Não ia ter posse cara, nós não íamos deixar. Mas aconteceu. E Bolsonaro falou um pulso para dizer: não tenho general, tenho coronel, vamos com os coronéis, porque a tropa toda queria, toda, 100%, só os generais que não deixaram.”
As investigações também revelaram que Wladimir Matos Soares participou dos acampamentos golpistas em Brasília e foi identificado como “infiltrado” dos golpistas no corpo de segurança do presidente Lula. Em outras mensagens, o policial demonstrou hostilidade contra o ministro Alexandre de Moraes, sugerindo que sua “cabeça deveria ter sido cortada” em 2020, quando anulou a nomeação de Alexandre Ramagem para a direção da Polícia Federal.
Os delegados Fábio Alvarez Shor e Itawan de Oliveira Pereira, da Coordenação de Investigações e Operações de Contrainteligência, afirmaram que “Os novos elementos de prova ratificam o contexto fático criminoso descrito no relatório final da investigação, demonstrando que o Policial Federal Wladimir Matos Soares foi arregimentado e integrou a organização criminosa que tentou dar um golpe de Estado e abolir violentamente o Estado Democrático de Direito no ano de 2022”.
