Taylor Swift finalmente recuperou os direitos de seus primeiros álbuns após uma disputa que se estendeu por seis anos. A cantora anunciou nesta sexta (30) que adquiriu, por um valor não revelado, os direitos de seus seis primeiros discos, incluindo videoclipes e filmes de turnês associados.
A artista declarou em nota: “Toda a música que já fiz… agora pertence… a mim”. Segundo o jornal The Guardian, especulações anteriores sugerindo valores entre US$ 600 milhões e US$ 1 bilhão foram consideradas “imprecisamente altas”.
O conflito teve início em 2019, quando a gravadora Big Machine, detentora dos direitos dos seis primeiros álbuns de Taylor Swift, foi adquirida por Scooter Braun, empresário de Justin Bieber. A situação se agravou quando, um ano depois, Braun revendeu o catálogo para a Shamrock, empresa fundada por Roy E. Disney, por US$ 300 milhões, levando Swift a declarar: “Essa foi a segunda vez que minha música foi vendida sem meu conhecimento”.
Como estratégia para contornar a situação, Swift iniciou em 2019 um projeto de regravações conhecido como “Taylor”s Versions”. Entre 2021 e 2023, a artista regravou “Fearless”, “Red”, “Speak Now” e “1989”. Apenas “Taylor Swift” e “Reputation” permaneciam pendentes, sendo que este último, segundo a própria cantora, não foi totalmente regravado devido à sua especificidade temporal.
A cantora expressou sua gratidão em nota: “Dizer que meu maior sonho se tornou realidade seria pouco. Quero agradecer a todas as pessoas que me apoiaram nesse processo. Quero agradecer à equipe que tornou isso possível: a todos que me apoiaram nessa jornada para ser dona do meu trabalho”.
A situação de Swift não é única na indústria musical. Casos similares ocorreram com artistas como Prince, Michael Jackson e Paul McCartney. No Brasil, João Gilberto e Gilberto Gil também enfrentaram disputas semelhantes por direitos autorais.
A resolução deste conflito representa não apenas uma vitória pessoal para Taylor Swift, mas também estabelece um precedente importante para outros artistas na indústria musical, como ela mesma destacou: “Sinto que isso é um passo à frente e uma mensagem para todo artista: vocês devem ser donos de si mesmos”.