O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que partidos de centro e direita formarão uma frente única para enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2026. A declaração foi feita durante evento de filiação do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, ao PP, na capital paulista.
O evento contou com a presença expressiva de lideranças partidárias, incluindo presidentes de partidos que atualmente possuem ministérios no governo Lula, como Gilberto Kassab (PSD), Antônio Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (PP). Também compareceram Renata Abreu, presidente do Podemos, e Valdemar Costa Neto, do PL, além de diversos parlamentares e autoridades municipais.
Durante seu discurso, Tarcísio destacou a significativa presença dos dirigentes partidários no mesmo palco: “Se alguém duvida de que esse grupo vai estar unido no ano que vem, eu digo para vocês: esse grupo estará unido. Esse grupo vai ser forte, tem projeto para o Brasil e vai fazer a diferença”.
O governador também teceu críticas indiretas ao governo federal, afirmando que “no momento em que tem muita gente perdida lá em Brasília, que não sabe o caminho, e que as decisões são tomadas de forma casuística e até irresponsável, tem um grupo aqui que está unido, sabe o caminho e vai fazer a diferença.”
A manifestação de Tarcísio e a presença massiva de lideranças partidárias geraram desconforto entre apoiadores bolsonaristas, que representaram minoria no evento. Alguns interpretaram as declarações como um possível indicativo de candidatura presidencial do governador, contrariando o discurso do grupo que ainda aposta em Jair Bolsonaro como candidato, mesmo estando inelegível.
Ciro Nogueira, em sua fala, sugeriu que Tarcísio poderá ser presidente “muito em breve, ou agora ou em 2030”, garantindo o apoio do PP e do União Brasil. Quanto a Derrite, embora negue pretensões ao governo estadual, aliados indicam que sua candidatura ao Palácio dos Bandeirantes pode se concretizar caso Tarcísio decida disputar a Presidência.
O evento, que oficialmente marcava a filiação de Derrite ao PP, acabou sendo interpretado por alguns como um possível prelúdio tanto para sua candidatura ao governo paulista quanto para uma eventual candidatura presidencial de Tarcísio.