O Conselho da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), órgão vinculado à ONU, determinou nesta segunda-feira, 12, que a Rússia foi responsável pela queda do voo MH17 da Malaysia Airlines em 2014. O incidente, que resultou na morte de 298 pessoas, ocorreu quando um míssil russo foi lançado de uma região controlada por separatistas no leste da Ucrânia.
O caso, que se desenrolou há 11 anos, teve desenvolvimentos significativos desde o acidente inicial até a atual decisão do órgão internacional. O Boeing 777, que realizava a rota entre Amsterdã e Kuala Lumpur, transportava passageiros de 30 nacionalidades diferentes quando foi abatido sobre a região de Donetsk.
* O voo MH17 foi atingido por um míssil Buk 9M38, conforme apontaram investigações realizadas dois anos após o incidente. O armamento foi disparado de território controlado por rebeldes pró-Rússia em Donetsk, utilizando um lançador móvel russo.
* Das 298 vítimas fatais, 196 eram cidadãos holandeses, 42 malaios e 27 australianos, além de pessoas de outras nacionalidades. O impacto internacional do caso levou a intensas investigações e processos judiciais.
* Um tribunal holandês proferiu sentença condenando três homens à prisão perpétua – dois russos e um ucraniano – por terem auxiliado no transporte do sistema de mísseis BUK para a Ucrânia. Um quarto suspeito foi absolvido das acusações.
A decisão da OACI estabeleceu que a Rússia não cumpriu suas obrigações sob o direito aéreo internacional, marcando um momento histórico na busca por justiça para as vítimas. O governo russo, que sempre negou envolvimento no caso, questionou a imparcialidade do tribunal holandês, alegando pressão política.