Portugal ordena saída de 18 mil imigrantes ilegais, incluindo brasileiros, até 20 de maio

Portugal ordena saída de 18 mil imigrantes ilegais, incluindo brasileiros, até 20 de maio

Governo português notificará milhares de imigrantes em situação irregular para deixar o país, incluindo brasileiros que tiveram pedidos de residência negados

O governo de Portugal anunciou uma medida drástica que afetará 18 mil imigrantes em situação irregular no país. A decisão prevê a notificação destes indivíduos para que deixem o território português após terem seus pedidos de residência negados pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo (Aima).

António Leitão Amaro, ministro da Presidência do governo português, informou que os imigrantes terão 20 dias para deixar o país voluntariamente após a notificação. “Quem não cumprir a ordem, terá de ser afastado coercivamente”, declarou o ministro.

Pontos principais da medida:

* Na próxima semana, 4.574 imigrantes receberão as primeiras notificações para deixar o país
* Grande parte dos 18 mil afetados já possuía ordens de saída emitidas por outros países europeus
* Alguns tiveram a autorização negada devido a “situações criminais”
* O número pode aumentar, considerando que Portugal possui cerca de 110 mil pedidos de residência em análise

A Embaixada do Brasil em Portugal está monitorando a situação ativamente. O cônsul-geral do Brasil em Lisboa, Alessandro Candeas, está em contato com autoridades portuguesas para determinar o número exato de brasileiros afetados pela medida.

Segundo informações preliminares, apesar de formarem a maior comunidade de imigrantes em Portugal, os brasileiros representam uma pequena parcela dos afetados. O ministro António Leitão Amaro revelou que aproximadamente dois terços dos pedidos indeferidos são de cidadãos originários da Índia, Paquistão, Bangladesh, Nepal e Butão.

A Casa do Brasil em Lisboa (CBL), associação de defesa dos imigrantes, questionou o timing do anúncio. Em manifestação nas redes sociais, Ana Paula Costa, presidente da CBL, sugeriu que a medida poderia ser uma “cortina de fumaça” para desviar a atenção de um escândalo de corrupção envolvendo o primeiro-ministro Montenegro, especialmente considerando o contexto das eleições gerais marcadas para 18 de maio.

A decisão surge em um momento político delicado em Portugal, às vésperas do início oficial da campanha eleitoral, após uma crise que levou à queda do governo anterior e à convocação de novas eleições.

Mais notícias no N3 News

Imagem N3 News
N3 News
O N3 News oferece notícias recentes e relevantes, mantendo os leitores atualizados em um mundo que está sempre em constante mudança. Mais do que um portal de notícias, temos como meta ser um parceiro confiável na busca pela informação precisa e imparcial.

RELACIONADAS