O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foi alvo de monitoramento e possível plano de assassinato, segundo descobertas da Polícia Federal durante a Operação Sisamnes. O caso envolve o ex-subsecretário de Integração de Segurança Pública de Minas Gerais, coronel Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, que atuou durante o primeiro ano do governo Romeu Zema.
A investigação revelou anotações detalhadas sobre a rotina do senador Pacheco, encontradas na agenda do militar. O caso está relacionado a um grupo autodenominado “Comando de Caça aos Comunistas, Criminosos e Corruptos”.
* As anotações encontradas incluíam informações específicas sobre:
– Nome completo do senador Pacheco
– Detalhes sobre o veículo utilizado pelo parlamentar
– Tabela com valores para espionagem do senador e outras autoridades
* A organização criminosa mantinha uma tabela de preços para assassinatos:
– R$ 50 mil para pessoas “comuns”
– R$ 100 mil para senadores
– R$ 250 mil para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)
O coronel Caçadini ocupou o cargo de subsecretário de janeiro a setembro de 2019, quando pediu exoneração. Em 2022, recebeu o título de Cidadão Honorário pela Câmara Municipal de Belo Horizonte.
A defesa do coronel, representada pelo escritório Sarah Quinetti Advocacia Criminal, emitiu nota afirmando que está acompanhando as diligências e declarou: “Ressaltamos que, até o momento, não foi encontrado qualquer elemento ilícito relacionado aos acusados nas buscas realizadas na capital mineira. Reiteramos nossa confiança nas instituições brasileiras e no trabalho responsável das autoridades competentes, bem como reafirmamos nossa convicção na inocência dos nossos constituídos”.