O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente chinês Xi Jinping reuniram-se em Pequim nesta terça-feira para fortalecer laços bilaterais e defender o multilateralismo. Durante o encontro, ambos os líderes manifestaram oposição ao protecionismo e unilateralismo comercial, em um contexto de tensões globais envolvendo disputas tarifárias.
O encontro marca a terceira reunião entre os presidentes desde janeiro de 2023, evidenciando o fortalecimento das relações entre Brasil e China. Durante a visita oficial de Estado de quatro dias, foram assinados 20 acordos de cooperação em diversas áreas estratégicas.
* Lula enfatizou a importância da parceria bilateral, declarando que “China e Brasil estão determinados a unir suas vozes contra o unilateralismo e o protecionismo. A defesa intransigente do multilateralismo é uma tarefa urgente e necessária”.
* O presidente brasileiro também alertou sobre os impactos negativos das guerras comerciais, afirmando que “Guerras comerciais não têm vencedores. Elas elevam os preços, deprimem as economias e corroem a renda dos mais vulneráveis em todos os países”.
* Xi Jinping, por sua vez, manifestou-se contra “atos de bullying” e protecionismo, fazendo referência indireta às disputas tarifárias com os Estados Unidos.
Os acordos assinados durante o encontro abrangem diversos setores, incluindo cooperação em energia nuclear, protocolos para exportações avícolas e acordos relacionados à indústria de etanol de milho. A visita também inclui a participação de Lula no Fórum China-Celac, junto a outras autoridades latino-americanas e caribenhas.
O encontro ocorre em um momento significativo, logo após um acordo temporário entre China e Estados Unidos para redução mútua de tarifas. Os EUA concordaram em diminuir as tarifas sobre importações chinesas de 145% para 30%, enquanto a China reduzirá suas taxas sobre produtos americanos de 125% para 10%.