Justiça de Belo Horizonte condena casal de amantes acusado de matar transportador

Justiça de Belo Horizonte condena casal de amantes acusado de matar transportador

Mulher e amante foram condenados por homicídio qualificado em Belo Horizonte. Crime foi motivado por interesse em bens da vítima

Tatiana Sardinha Barbosa, 42 anos, e seu amante Ney Cruz da Silva, 45 anos, foram condenados em júri popular pelo assassinato de Rômulo Anderson Barbosa, marido de Tatiana, ocorrido em junho de 2021 em Belo Horizonte. O crime, motivado pelo interesse em se apropriar dos bens da família da vítima, resultou em penas de prisão para ambos os réus.

O julgamento, realizado na Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Belo Horizonte, estendeu-se da manhã até a meia-noite de quinta-feira (9 de maio), culminando nas seguintes sentenças:

* Tatiana Sardinha Barbosa foi condenada a 17 anos de prisão por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica

* Ney Cruz da Silva recebeu pena de 14 anos e seis meses em regime inicialmente fechado pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver

* O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou aos réus o direito de recorrer em liberdade, determinando o início imediato do cumprimento das penas

Durante as investigações, descobriu-se que Tatiana e Ney mantinham um relacionamento às escondidas, aproveitando as ausências de Rômulo para se encontrarem. O amante residia em uma casa nos fundos do mesmo lote onde o casal vivia com os filhos. Ao descobrir a traição, Rômulo havia informado que se divorciaria de Tatiana e expulsaria Ney da propriedade.

Segundo a Polícia Civil, o crime foi planejado e executado em 14 de junho, quando a vítima dormia. Rômulo foi atingido por três golpes de bastão de madeira na cabeça. Após o homicídio, os criminosos limparam a casa e descartaram o colchão onde a vítima dormia. Todo o processo foi presenciado pelos filhos do suspeito.

“Ela estava sorridente nas entrevistas. A equipe estranhou que ela não demonstrava a situação de risco daquele momento e isso se confirmou depois com a captura telefônica dela e do suspeito, onde a gente identificou que ela tinha muitas conversas. Nos dois dias que antecederam o desaparecimento dele, ela conversou com o seu amante 31 vezes”, revelou o delegado Alexandre Oliveira, responsável pela investigação.

O caso foi solucionado após o depoimento da ex-esposa de Ney, que relatou que seus filhos haviam presenciado a preparação do crime. “A mulher do Rômulo foi esperta que no momento do crime, planejado pelos dois, ela retirou os filhos dela com o Romulo da casa. O autor, o amante, não fez o mesmo. Deixou seus filhos na casa e eles contaram pra nós toda a preparação do crime e a movimentação”, explicou o delegado.

Após o crime, Tatiana e Ney viveram como casal na mesma casa onde ocorreu o assassinato, chegando inclusive a solicitar judicialmente a declaração de morte presumida de Rômulo para ter acesso aos seus benefícios.

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