O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (16) os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, revelando um aumento na taxa de desocupação em 12 estados brasileiros durante o primeiro trimestre de 2025, mantendo-se estável nos demais 15 estados.
A taxa nacional de desocupação atingiu 7,0%, com variações significativas entre as diferentes regiões do país. Os dados apresentam um panorama detalhado do mercado de trabalho brasileiro, destacando desigualdades regionais e sociais.
* Pernambuco lidera o ranking com 11,6% de desocupação, seguido pela Bahia (10,9%) e Piauí (10,2%)
* Santa Catarina registrou a menor taxa (3,0%), acompanhada por Rondônia (3,1%) e Mato Grosso (3,5%)
* A taxa de informalidade nacional alcançou 38,0%, com o Maranhão apresentando o maior índice (58,4%)
* A taxa de desocupação entre homens foi de 5,7%, enquanto entre mulheres atingiu 8,7%
* População branca registrou taxa de 5,6%, abaixo da média nacional, enquanto pretos (8,4%) e pardos (8,0%) apresentaram índices superiores
* Pessoas com ensino médio incompleto tiveram a maior taxa (11,4%), contrastando com 3,9% entre aqueles com nível superior completo
O rendimento médio real dos trabalhadores apresentou crescimento, atingindo R$ 3.410, um aumento em relação ao trimestre anterior (R$ 3.371) e ao mesmo período de 2024 (R$ 3.279). As regiões Nordeste (R$ 2.383) e Sul (R$ 3.840) registraram aumentos significativos nos rendimentos.
Em relação ao vínculo empregatício, 74,6% dos empregados do setor privado possuíam carteira assinada, com Santa Catarina apresentando o maior percentual (87,8%). O trabalho por conta própria representou 25,3% da população ocupada, com destaque para Rondônia (35,6%).