O Hospital de Pronto Socorro João XXIII (HPS), referência em trauma em Belo Horizonte, enfrenta uma grave crise de superlotação, contradizendo as declarações de normalidade feitas pelo governo de Romeu Zema (Novo). Imagens obtidas pela Itatiaia mostram pacientes espalhados pelos corredores, com alguns aguardando há semanas por procedimentos cirúrgicos.
A situação crítica é resultado direto do fechamento do Hospital Maria Amélia Lins (HMAL), que anteriormente realizava cirurgias ortopédicas após os atendimentos emergenciais do João XXIII. Profissionais da saúde relatam que as duas unidades funcionavam de forma complementar e harmônica antes do fechamento.
O Hospital Maria Amélia Lins funcionava como retaguarda do João XXIII, sendo responsável pelo tratamento de pacientes após acidentes. Com seu fechamento temporário, todos os casos estão sendo concentrados no João XXIII, causando:
* Superlotação nos corredores
* Atrasos significativos em cirurgias
* Cancelamento de procedimentos eletivos para priorizar emergências
O secretário de saúde, Fábio Baccheretti, em entrevistas recentes, negou a existência de superlotação na instituição, embora tenha reconhecido o impacto negativo do fechamento do HMAL. Até o momento, o governo de Minas e a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) não se manifestaram sobre a atual situação do hospital.
A crise no Hospital João XXIII evidencia um problema estrutural no sistema de saúde local, com impacto direto no atendimento à população que necessita de cuidados emergenciais e procedimentos cirúrgicos em Belo Horizonte.