O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000 mensais seja aprovada rapidamente pelo Congresso Nacional. A medida, segundo o ministro, beneficiará 15 milhões de brasileiros através da cobrança de impostos de 141 mil super ricos.
Haddad enfatizou a importância da reforma apresentada pela equipe econômica. “São 15 milhões de um lado e 141 mil de outro”, destacou o ministro. “É a primeira vez que um governo muito progressista apresenta uma proposta para fazer o mínimo de justiça e tem gente reclamando. Essa proposta tinha que ser aprovada em 15 dias.” A declaração do ministro ocorreu no UOL.
* A reforma visa corrigir a tabela do Imposto de Renda, que está defasada há 30 anos e prejudica principalmente o trabalhador assalariado
* O governo busca compensar a perda de aproximadamente R$ 30 bilhões na arrecadação através da maior tributação de pessoas que ganham acima de R$ 1 milhão por ano
* A equipe econômica já conseguiu avanços ao taxar os fundos fechados, que eram utilizados por famílias ricas e não sofriam tributação
Haddad também comentou sobre tentativas anteriores de reforma, lembrando que o ex-presidente Bolsonaro havia prometido medida semelhante, mas desistiu devido ao impacto na recomposição. “[A isenção] Ficou dois, três anos com o Marcos Sintra, como secretário da Receita, e o Guedes defendendo a volta da CPMF com outro nome, um imposto digital, sobre pagamentos”, relatou.
O ministro, que assumiu a pasta da Fazenda em janeiro de 2023 com a posse do presidente Lula em seu terceiro mandato, é considerado um dos principais nomes para sucessão presidencial. Filiado ao PT desde a década de 1980, Haddad comanda uma das áreas mais sensíveis do governo, com impacto direto na vida dos brasileiros.