Jamieson Greer, representante comercial dos Estados Unidos, confirmou nesta terça-feira que a tarifa universal de 10% sobre produtos importados será mantida, enquanto negociações para reduzir tarifas adicionais impostas pelo presidente Donald Trump continuam com diversos países.
Em entrevista à CNBC, Greer detalhou sua agenda diplomática comercial que inclui reuniões estratégicas com diversos parceiros comerciais:
* Encontro programado com o secretário de Comércio da Índia nesta terça-feira
* Viagem prevista para Seul, na Coreia do Sul, para participar da reunião ministerial da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec)
* Retorno recente de discussões com autoridades chinesas na Suíça
* Reuniões planejadas com o ministro do Comércio sul-coreano e outros representantes asiáticos durante o encontro da Apec
“Estamos felizes em agir tão rapidamente quanto as outras partes estiverem dispostas a agir”, declarou Greer, mencionando os recentes acordos estabelecidos com China, Reino Unido e Suíça. “Estamos nos movendo o mais rápido possível com pessoas que querem ser ambiciosas.”
O representante comercial enfatizou que a tarifa de 10% implementada por Trump em 2 de abril permanecerá vigente, cumprindo uma promessa de campanha que incluía uma tarifa universal e uma taxa mais elevada para a China. Greer destacou que os EUA continuarão trabalhando com parceiros confiáveis para acomodar as cadeias de suprimentos, citando como exemplo o recente acordo comercial com o Reino Unido.
“Queremos apenas garantir que tenhamos cadeias de suprimentos seguras (e) que tenhamos o máximo possível de produção no país. E, com uma tarifa global de 10%, isso ajudará a reduzir o déficit comercial, que é o principal impulsionador de todo o programa, mas também a reestabelecer a produção e criar condições comerciais justas com nossos parceiros”, explicou.
Em relação à China, Greer indicou que Trump poderia considerar “uma abordagem diferente” caso o país tome medidas para interromper as remessas de fentanil e medicamentos precursores. Adicionalmente, confirmou a manutenção das tarifas setoriais sobre aço, alumínio, automóveis e produtos farmacêuticos, áreas consideradas cruciais para aumentar a produção doméstica americana.
“Em última análise, não se trata de cercar a China ou algo do gênero. Trata-se de tornar os Estados Unidos mais competitivos, tornar nossas cadeias de suprimentos mais resilientes, obter produção doméstica aqui e reduzir o déficit comercial ao longo do tempo.”