A Justiça do Rio de Janeiro determinou o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nesta quinta-feira (15 de maio). A decisão, proferida pelo desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, marca a segunda vez que o dirigente é removido do cargo mais importante do futebol brasileiro.
O afastamento está relacionado à investigação sobre uma suposta falsificação de assinatura em documento que manteve Rodrigues na presidência da entidade. O caso envolve especificamente a assinatura do Coronel Nunes, ex-dirigente da confederação, em um acordo firmado em janeiro de 2025.
* O desembargador determinou o afastamento imediato da atual diretoria da CBF
* Fernando José Sarney, vice-presidente e opositor de Rodrigues, foi nomeado interventor
* Sarney ficará responsável por convocar novas eleições, seguindo os prazos estatutários
* O interventor assumirá temporariamente os poderes administrativos da instituição até a posse da nova diretoria
Na decisão, o desembargador Zéfiro declarou nulo o acordo assinado pelo Coronel Nunes e outros dirigentes, mesmo sem a confirmação definitiva da falsificação da assinatura. O magistrado fundamentou sua decisão “em razão da incapacidade mental e de possível falsificação da assinatura de um dos signatários”.
“A robustez dos indícios trazidos aos autos leva à inarredável conclusão acerca de um fato, até mesmo óbvio: há muito o Coronel Nunes não tem condições de expressar de forma consciente sua vontade. Seus atos são guiados. Não emanam da sua vontade livre e consciente”, afirmou Zéfiro em sua decisão.
Vale ressaltar que Ednaldo Rodrigues havia sido reeleito em março para um mandato de quatro anos. No entanto, nas últimas semanas, a oposição ao seu comando cresceu significativamente, especialmente após o vazamento de documentos e diversas ações judiciais.