A Prefeitura de Curitiba entrou na discussão nacional sobre os bebês reborn ao emitir um comunicado oficial em suas redes sociais esclarecendo que estas bonecas hiper-realistas não garantem direito a assentos preferenciais no transporte público. A polêmica surge em meio à crescente popularização destes brinquedos entre adultos, que têm gerado debates acalorados nas redes sociais.
O comunicado da prefeitura foi direto: “Mães de bebê reborn não têm direito ao banco preferencial. A gente entende o apego, mas os bancos preferenciais são para públicos prioritários: obesos, crianças de colo, gestantes, idosos, pessoas com deficiência e pessoas do espectro autista. Os reborns são fofos, mas não garantem lugar no amarelinho, tá?”
A discussão sobre os bebês reborn tem se intensificado nas últimas semanas, principalmente devido a:
* Vídeos virais nas redes sociais mostrando adultos tratando as bonecas como bebês reais, incluindo consultas médicas, alimentação e passeios
* Debates nas redes sociais dividindo opiniões entre críticos que questionam a sanidade dos adultos envolvidos e defensores que apontam um possível viés machista nas críticas
* Manifestações nas redes sociais comparando o hobby com outras formas de colecionismo, como um usuário do X que argumentou: “Me recuso a entrar na pauta do bebê reborn porque, na minha concepção, se tem homem de 40 anos vestindo camiseta do Superman e colecionando action figure, tá mais do que liberado brincar de boneca”
A repercussão do tema chegou às esferas legislativas em diferentes níveis:
* Um projeto de Lei foi apresentado na Câmara dos Deputados prevendo multa de até 20 salários mínimos para quem tentar obter benefícios destinados a bebês reais usando bonecas reborn
* A Câmara Municipal de São Paulo discute projeto específico para o SUS, visando proibir a inclusão das bonecas no processo de atendimento
* No Rio de Janeiro, aguarda-se decisão do prefeito Eduardo Paes (PSD) sobre a criação do “Dia da Cegonha Reborn”, em homenagem às artesãs
A polêmica em torno dos bebês reborn evidencia um debate mais amplo sobre comportamentos sociais e limites entre hobby e apropriação indevida de benefícios destinados a públicos específicos, gerando discussões em diferentes esferas da sociedade.