A China autorizou a importação de cinco novos produtos agropecuários brasileiros, conforme anunciado pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. A decisão foi oficializada durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país asiático, por meio da assinatura de protocolos bilaterais.
Os novos produtos autorizados para exportação incluem:
* Grãos secos de destilaria (DDGs), um subproduto do etanol de milho
* Farelo de amendoim
* Miúdos de aves
* Carne de pato
* Carne de peru
A ampliação do mercado foi estabelecida através de três acordos firmados entre o Ministério da Agricultura e a Administração Geral das Alfândegas da China (GACC). Além das novas autorizações, os países também estabeleceram um memorando de entendimento sobre medidas sanitárias e fitossanitárias, visando aumentar a segurança dos alimentos comercializados.
“São três acordos firmados entre o Ministério da Agricultura e a Administração Geral das Alfândegas da China (GACC). Isso representa a abertura de cinco novos mercados para a agropecuária brasileira, além da cooperação bilateral nas medidas sanitárias e fitossanitárias que aumentam a segurança dos alimentos comercializados entre os países”, declarou Fávaro em suas redes sociais.
A China representa atualmente o principal destino das exportações agropecuárias brasileiras, respondendo por aproximadamente um terço dos embarques anuais do setor. Em 2024, as vendas de produtos agropecuários para o mercado chinês alcançaram US$ 49,7 bilhões, com destaque para o complexo soja, carnes, produtos florestais e algodão.
Entre os temas ainda em negociação, destacam-se a sincronia na aprovação de transgênicos por meio de um memorando de entendimento e a revisão do protocolo de exportação de carnes, assinado em 2015. Este último prevê a suspensão total das vendas externas em casos de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como “mal da vaca louca”.