O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou resultados positivos para o primeiro trimestre de 2025, com lucro líquido de R$ 5,6 bilhões, representando um aumento de 7,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho foi marcado por um crescimento significativo nas aprovações de crédito e expansão em diversos setores da economia.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou em nota: “O lucro líquido continuou crescendo, assim como as aprovações de crédito em todos os setores da economia, mesmo com uma taxa de juros bastante difícil e num cenário geopolítico muito desafiador”.
* As aprovações de crédito totalizaram R$ 33,3 bilhões, um aumento de 35% em relação ao primeiro trimestre de 2024
* Os desembolsos atingiram R$ 25,2 bilhões, apresentando crescimento de 8% em comparação ao mesmo período do ano anterior
* O setor de infraestrutura registrou um expressivo aumento de 100%, alcançando R$ 13,2 bilhões
* Destaque para o projeto de R$ 7,3 bilhões aprovado para a EcoRioMinas Concessionária de Rodovias S.A.
* Aprovação de R$ 2,4 bilhões para a expansão da Linha 2-Verde do metrô de São Paulo
* Comércio e serviços: crescimento de 20% nas aprovações, totalizando R$ 5,3 bilhões
* Agropecuária: aumento de 9%, alcançando R$ 7,4 bilhões
* Indústria: expansão de 7%, também atingindo R$ 7,4 bilhões
* Apoio às MPMEs: R$ 34,7 bilhões, representando um aumento de 87,7%
O patrimônio líquido do BNDES alcançou R$ 168,2 bilhões no trimestre, com um aumento de R$ 9,8 bilhões em relação ao trimestre anterior. Os ativos totais do Sistema BNDES somaram R$ 861 bilhões, representando um crescimento de R$ 20 bilhões (2,4%) em comparação a dezembro de 2024.
O banco manteve sua solidez financeira com uma taxa de inadimplência de apenas 0,001% (90 dias), significativamente inferior à média do Sistema Financeiro Nacional, que registrou 3,22% geral e 0,33% para grandes empresas em março de 2025.
O lucro líquido recorrente manteve-se estável em R$ 2,7 bilhões, com variação de 0,9%. O resultado total foi impulsionado principalmente por reversões de provisão para risco de crédito de R$ 1,5 bilhão, líquida de efeitos tributários, e pelo recebimento de dividendos e juros sobre o capital próprio de R$ 0,8 bilhão, provenientes da Petrobras.