A prisão imediata de Fernando Collor, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, provocou intensa apreensão entre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão, que rejeitou os últimos recursos apresentados pela defesa, sinaliza uma possível mudança na condução dos processos no Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-presidente Collor foi condenado a oito anos e 10 meses de prisão por envolvimento em esquema de corrupção na BR Distribuidora, no âmbito da Operação Lava-Jato. A decisão monocrática de Moraes determinou o cumprimento imediato da pena após o plenário do STF negar os primeiros embargos de declaração em novembro.
O ministro Alexandre de Moraes justificou a rejeição dos recursos devido ao seu caráter protelatório, ressaltando a competência do relator para determinar a execução da pena sem mais adiamentos. A decisão será avaliada pelos ministros do STF em sessão extraordinária virtual.
A condenação de Collor está relacionada ao recebimento de R$ 20 milhões para intermediar contratos ilegais da BR Distribuidora com a UTC Engenharia. Mesmo após os primeiros recursos, a decisão foi mantida, gerando preocupação entre aliados de Bolsonaro que temem uma possível aceleração nas investigações sobre tentativa de golpe.