Polícia Penal de MG ameaça greve por recomposição salarial

Polícia Penal de MG ameaça greve por recomposição salarial

Sindicato dos Policiais Penais de Minas Gerais alerta sobre possível paralisação caso governo não atenda pedido de reajuste de 44,9% nos salários

O Sindicato dos Policiais Penais do Estado de Minas Gerais (Sindppen-MG) anunciou a possibilidade de paralisação das atividades caso não haja acordo com o governo estadual sobre a recomposição salarial. Apesar da proibição do direito à greve para servidores da segurança pública, conforme determinação do STF, o sindicato afirma que pode adotar a medida como forma de protesto.

De acordo com o Sindppen-MG, os salários da categoria apresentam uma defasagem de 44,9%, com remuneração inicial atual de R$ 5.332,63. O presidente do sindicato, Jean Otoni, destaca: “Não estamos pedindo um aumento real, mas a recomposição das perdas inflacionárias que tivemos ao longo dos anos. Só que o governo já afirmou que não irá pagar essas perdas neste ano, alegando não ter recursos em caixa. Sabemos que isso não é verdade.”

Impactos da possível paralisação

* Em caso de greve, as visitas aos detentos podem ser suspensas nos presídios do estado
* Os atendimentos internos serão limitados, afetando os serviços administrativos das unidades prisionais
* O sindicato ressalta que a eventual paralisação seria consequência da “omissão do Governo de Minas”

O Sindppen-MG afirma que buscará todas as alternativas possíveis antes de recorrer à greve. Jean Otoni menciona que já foram realizadas audiências na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e que o Tribunal de Justiça de MG (TJMG) será acionado para tentativa de conciliação.

Em março, durante audiência pública na ALMG, o secretário de Estado de Fazenda, Luiz Cláudio Fernandes Lourenço Gomes, descartou a possibilidade de recomposição, citando as dificuldades financeiras do estado. O governador Romeu Zema (Novo) implementou uma ajuda de custo de R$ 50 por dia para alimentação aos servidores da segurança pública, com previsão de aumento para R$ 75 até o fim do ano.

O Sindppen-MG reconhece a importância da ajuda de custo, mas ressalta que ela não substitui a necessidade de recomposição salarial. O TJMG informou que acompanha a reivindicação através da 1ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte, enquanto o governo estadual não se manifestou sobre o assunto.

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