O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reafirmou sua oposição à criação de um Estado palestino durante conversa telefônica com o presidente francês Emmanuel Macron nesta terça-feira (15). Netanyahu declarou que tal medida representaria “uma enorme recompensa para o terrorismo”.
Durante o diálogo, Netanyahu expressou preocupações sobre a possibilidade de um Estado palestino se tornar uma base para atividades terroristas próxima a cidades israelenses. O primeiro-ministro também destacou que “nenhuma entidade palestina” condenou o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023.
A conversa ocorreu em um momento em que a França considera reconhecer oficialmente um Estado palestino. Macron, através de sua conta na rede social X, reiterou seu compromisso com uma “solução política de dois Estados” e estabeleceu as prioridades francesas para a região:
* Um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza
* A libertação de todos os reféns mantidos pelo Hamas
* O aumento da ajuda humanitária para a população civil
* A retomada das negociações para uma solução de dois Estados
O presidente francês também anunciou uma conferência internacional para junho, que será co-presidida pela França e Arábia Saudita na ONU. O evento visa promover reconhecimentos mútuos entre um Estado palestino e Israel por diversos países árabes, buscando estabelecer um processo de paz na região.
Atualmente, cerca de 150 países reconhecem o Estado palestino, com recentes adesões da Irlanda, Noruega, Espanha e Eslovênia em 2024. No entanto, Netanyahu mantém sua posição firme contra a solução de dois Estados, argumentando que um Estado palestino estabelecido próximo às cidades israelenses se tornaria uma “fortaleza para o terrorismo iraniano”.