O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do Brasil, deve permanecer acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 2025, segundo as últimas projeções do mercado financeiro.
De acordo com o Boletim Focus, a estimativa para o IPCA em 2025 foi mantida em 5,65%, ultrapassando significativamente o teto da meta de inflação de 4,5% (meta de 3% com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo).
* Em fevereiro de 2024, o IPCA registrou alta de 1,31%, impulsionado principalmente pelo aumento da energia elétrica
* Este foi o maior resultado desde março de 2022 (1,62%) e o mais elevado para um mês de fevereiro desde 2003
* Em 12 meses, o índice acumula alta de 5,06%
* Para 2026, a expectativa é que a inflação fique em 4,5%
* Em 2027 e 2028, as previsões apontam para 4% e 3,78%, respectivamente
O Banco Central utiliza a taxa Selic como principal instrumento para controlar a inflação, atualmente fixada em 14,25% ao ano. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em março, houve novo aumento de um ponto percentual, sendo o quinto consecutivo no ciclo de aperto monetário.
O mercado financeiro projeta que a Selic atingirá 15% ao ano até dezembro próximo. Para os anos seguintes, espera-se uma redução gradual: 12,5% em 2026, 10,5% em 2027 e 10% em 2028.
Em relação ao crescimento econômico, as projeções indicam expansão de 1,97% para 2025 e 1,6% para 2026. Para 2027 e 2028, a expectativa é de crescimento de 2% em ambos os anos. Vale ressaltar que em 2024 o PIB cresceu 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de expansão.