A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) registrou aumento em fevereiro de 2024, alcançando 76,2% do Produto Interno Bruto (PIB), conforme dados divulgados pelo Banco Central nesta terça-feira. Em termos absolutos, o valor passou de R$ 8,940 trilhões para R$ 9,045 trilhões.
De acordo com a metodologia do Fundo Monetário Internacional (FMI), recentemente incorporada às divulgações do BC, a DBGG apresentou crescimento ainda mais expressivo, saltando de 87,1% para 88,7% do PIB no período analisado.
* O ponto mais alto da série histórica da DBGG foi registrado em dezembro de 2020, quando atingiu 87,6% do PIB, impulsionado pelas medidas fiscais adotadas durante a pandemia de covid-19
* O melhor momento da série ocorreu em dezembro de 2013, quando a dívida representava 51,5% do PIB
* A DBGG, que engloba as dívidas dos governos federal, estaduais e municipais (excluindo BC e estatais), é um importante indicador para avaliação da solvência do país por agências de classificação de risco
* A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP), que considera as reservas internacionais brasileiras, elevou-se de 61,1% para 61,4% do PIB em fevereiro, alcançando R$ 7,297 trilhões
* O setor público consolidado registrou resultado negativo de R$ 78,253 bilhões com juros em fevereiro, superior ao déficit de R$ 40,358 bilhões observado em janeiro
* O governo central teve gastos de R$ 70,093 bilhões na conta de juros
* Governos regionais despenderam R$ 7,747 bilhões
* Empresas estatais registraram despesas de R$ 413 milhões
No primeiro bimestre de 2024, as despesas acumuladas do setor público com juros atingiram R$ 118,611 bilhões, equivalente a 6,18% do PIB. Em 12 meses, o montante alcançou R$ 923,954 bilhões (7,78% do PIB), enquanto em 2024 totalizou R$ 950,423 bilhões (8,09% do PIB).