O Cruzeiro definiu a transferência da partida contra o Vasco, válida pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro, para Uberlândia. A decisão foi motivada principalmente por questões financeiras, com o clube celeste vendendo o mando de campo para uma empresa especializada em eventos esportivos.
A partida, inicialmente programada para o Mineirão no dia 27 de abril às 18h30, precisou ser realocada devido à indisponibilidade do estádio, que receberá um show do cantor Gusttavo Lima no dia anterior. Embora o Independência estivesse disponível como alternativa, o clube optou pela negociação do mando.
* A empresa compradora do mando de campo tem como um de seus proprietários o ex-atacante Roni, que já atuou pelo próprio Cruzeiro e teve passagem pela seleção brasileira.
* Diferentemente de outros negócios similares realizados pela empresa, onde há autonomia total sobre a carga de ingressos, o Cruzeiro manteve o controle sobre a distribuição dos bilhetes.
* A divisão dos ingressos foi estabelecida em 80% para a torcida do Cruzeiro e 20% para os torcedores do Vasco, com prioridade inicial de venda para os cruzeirenses.
Em sua comunicação oficial, o Cruzeiro justificou a mudança como uma estratégia para “ampliar a aproximação com o torcedor do interior”, sem mencionar o aspecto financeiro da negociação.
Vale ressaltar que o proprietário da empresa organizadora, Roni, esteve envolvido em uma investigação policial em 2019. Durante a operação Episkiros, ele chegou a ser detido em Brasília, junto com outros suspeitos, por supostas fraudes em borderôs de jogos. A investigação, que durou aproximadamente dois anos, apurava possíveis crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, estelionato e sonegação fiscal. Na ocasião, Roni negou todas as acusações e foi liberado no dia seguinte à sua prisão.