O Conclave, processo tradicional da Igreja Católica estabelecido desde o século XI, é realizado após a morte ou renúncia de um Papa para eleger seu sucessor. Este ritual solene reúne 120 cardeais eleitores de todo o mundo na Capela Sistina, no Vaticano, onde permanecem isolados até a escolha do novo líder católico.
Durante o período sem Papa, a Igreja fica sob comando do camerlengo, presidente do Colégio dos Cardeais, responsável pela administração da Santa Sé e organização do processo eleitoral.
* O processo deve iniciar obrigatoriamente entre 15 e 20 dias após a morte ou renúncia do Papa anterior.
* Para participar da votação, os cardeais devem ter sido nomeados pelo Papa e ter menos de 80 anos no dia do pleito.
* Cada cardeal recebe uma cédula onde deve escrever o nome de seu candidato, sendo proibido votar em si mesmo.
* Para ser eleito, o candidato precisa receber dois terços dos votos, equivalente a 80 votos.
O processo de votação segue uma estrutura rigorosa:
* No primeiro dia, realiza-se uma votação inicial.
* A partir do segundo dia, ocorrem quatro votações diárias: duas pela manhã e duas à tarde.
* O resultado de cada votação é anunciado através da tradicional fumaça: preta indica continuidade do processo, branca sinaliza a escolha do novo Papa.
* Caso não haja consenso após três dias, os cardeais fazem uma pausa para oração e meditação.
* O ciclo pode se repetir até sete vezes. Se ainda assim não houver decisão, os dois candidatos mais votados vão para uma votação final.
Após a eleição, um cardeal diácono anuncia o resultado e apresenta o novo líder da Igreja Católica, que assume suas funções com as vestimentas pontifícias e realiza sua primeira aparição na varanda da Capela Sistina para saudar os fiéis.