Os sete cardeais brasileiros que participarão do Conclave para a escolha do novo papa embarcam nesta terça-feira (22) para Roma. A comitiva chegará à Itália até quarta-feira (23) para as cerimônias do funeral de Jorge Bergóglio, o Papa Francisco, que faleceu na segunda-feira devido a complicações de um AVC.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) confirmou a participação dos seguintes cardeais:
* Dom Odilo Scherer, da Arquidiocese de São Paulo
* Dom Orani João Tempesta, da Arquidiocese do Rio de Janeiro
* Dom Paulo Cezar Costa, da Arquidiocese de Brasília
* Dom Leonardo Steiner, da Arquidiocese de Manaus
* Dom Sérgio da Rocha, da Arquidiocese de Salvador
* Dom Jaime Spengler, da Arquidiocese de Porto Alegre e presidente da CNBB
* Dom João Braz de Aviz, Emérito de Brasília
Dom Raymundo Damasceno Assis, bispo emérito de Aparecida, também viajará à Itália. Por ter mais de 80 anos, não poderá votar no Conclave, conforme as regras do Vaticano. Embora seja amigo de Francisco e possa ser escolhido pelos cardeais, essa possibilidade é considerada remota.
O processo de eleição do novo papa seguirá a Constituição Apostólica de 1996, estabelecida pelo Papa João Paulo II:
* O Conclave deve iniciar entre 15 e 20 dias após o falecimento do papa
* Os cardeais eleitores ficam hospedados na “Domus Sanctae Marthae”, no Vaticano
* São realizadas duas votações diárias, uma pela manhã e outra à tarde
* É necessário 2/3 dos votos para eleger o novo papa
* A votação é secreta, com cédulas individuais
* Três cardeais escrutinadores são responsáveis pela contagem dos votos
* Fumaça branca indica eleição bem-sucedida; fumaça negra sinaliza que não houve consenso
Caso não haja consenso após três dias de votações, ocorre uma pausa para oração. Se após sete novas tentativas ainda não houver eleição, os cardeais serão consultados sobre o estabelecido pela maioria absoluta. Dos 135 cardeais com direito a voto, 108 foram nomeados pelo próprio Papa Francisco.