China nega envolvimento com mercenários na Ucrânia

China nega envolvimento com mercenários na Ucrânia

EUA afirmam que mais de 100 cidadãos chineses lutam como mercenários pelo exército russo na Ucrânia, sem ligação direta com o governo de Pequim

Autoridades americanas revelaram que mais de uma centena de cidadãos chineses estão atuando como mercenários pelo exército russo na Ucrânia, aparentemente sem conexão direta com o governo da China. A informação foi confirmada por duas fontes dos EUA familiarizadas com a inteligência norte-americana e um ex-funcionário da inteligência ocidental.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy informou que seu país possui dados sobre 155 cidadãos chineses lutando em nome da Rússia, fato que foi posteriormente confirmado pelo almirante Samuel Paparo, chefe das forças norte-americanas no Indo-Pacífico, após a captura de dois combatentes de origem chinesa no leste da Ucrânia.

Em resposta às acusações, a China classificou os comentários de Zelenskiy como “irresponsáveis” e reafirmou que não faz parte do conflito. No entanto, segundo o ex-funcionário da inteligência ocidental, oficiais militares chineses têm visitado as linhas russas com aprovação de Pequim para observar e aprender táticas de guerra.

As autoridades americanas destacaram que os combatentes chineses demonstram treinamento limitado e não exercem impacto significativo nas operações militares russas. Apesar da negação de envolvimento direto, a China tem fornecido apoio material significativo a Moscou, incluindo:

* Componentes de uso duplo para manutenção de armamentos como drones e tanques
* Drones letais para uso em campo de batalha
* Suporte técnico através de empresas chinesas, algumas das quais já foram sancionadas pelo governo Biden em outubro

O cenário atual do conflito conta com a participação de diversos atores internacionais, incluindo voluntários de países ocidentais lutando pela Ucrânia e aproximadamente 12.000 soldados norte-coreanos apoiando as forças russas, com número significativo de baixas em combate.

A parceria “sem limites” declarada entre China e Rússia, somada à abstenção chinesa em criticar a invasão da Ucrânia em 2022, continua gerando preocupações internacionais sobre o real papel de Pequim no conflito, mesmo com as negativas oficiais de envolvimento direto com os mercenários.

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