O Chile oficializou o reconhecimento do Estado do Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação e livre de peste suína clássica. A decisão foi formalizada através de uma declaração conjunta entre os governos brasileiro e chileno, durante a visita do presidente Gabriel Boric ao Brasil na última semana, conforme divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Esta conquista representa um marco significativo para o setor agroindustrial paranaense, especialmente para as cooperativas e indústrias de carnes do estado. Até o momento, apenas Santa Catarina possuía autorização para exportar carne suína ao Chile, devido aos protocolos estabelecidos entre os países.
* O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, confirmou que as exportações de carne suína do Paraná para o Chile poderão iniciar já no próximo mês
* As indústrias interessadas deverão solicitar habilitação junto ao Ministério da Agricultura, que encaminhará ao governo chileno a lista de frigoríficos autorizados
* O sistema de habilitação será realizado por pré-listing, eliminando a necessidade de aprovação individual pela autoridade sanitária chilena
* Formalização da abertura do mercado brasileiro para o mel chileno
* Progresso no reconhecimento dos estados do Acre e Rondônia como zonas livres de febre aftosa sem vacinação e peste suína clássica
* Compromisso mútuo para expandir o acesso sanitário para produtos vegetais
* Acordo para retomada do reconhecimento do Rio Grande do Sul como zona livre de Newcastle, além do reconhecimento deste status para Goiás e Espírito Santo
O intercâmbio comercial entre os países demonstra números expressivos: em 2024, o Brasil exportou US$ 2,029 bilhões em produtos agropecuários para o Chile, com destaque para o setor de carnes. Em contrapartida, as importações de produtos agropecuários chilenos somaram US$ 1,693 bilhão, principalmente em pescados.
Esta nova etapa nas relações comerciais entre Brasil e Chile representa um avanço significativo para o agronegócio brasileiro, especialmente para o setor de proteína animal do Paraná, que agora terá acesso a um importante mercado consumidor sul-americano.