Bolsonaro indica Tarcísio e mais 14 testemunhas em ação por golpe no STF

Bolsonaro indica Tarcísio e mais 14 testemunhas em ação por golpe no STF

Ex-presidente arrola Tarcísio de Freitas e ex-ministros como testemunhas de defesa em processo onde é réu por tentativa de golpe de Estado

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu por tentativa de golpe de Estado, apresentou sua defesa prévia ao Supremo Tribunal Federal (STF), indicando uma série de testemunhas para o processo. A apresentação ocorreu após Bolsonaro ter sido intimado enquanto estava internado na UTI do Hospital DF Star, em Brasília, onde se recuperava de uma cirurgia intestinal.

Entre as principais testemunhas arroladas por Bolsonaro estão:

* O atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministro da Infraestrutura durante seu governo

* Ex-ministros de Estado, incluindo Eduardo Pazuello (PL-RJ), ex-ministro da Saúde e atual deputado federal; Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil; o senador Rogério Marinho (PL-RN); e o ex-vice-presidente e atual senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS)

* Ex-comandantes das Forças Armadas, como o brigadeiro Baptista Júnior, que chefiou a Aeronáutica, e o general Freire Gomes, ex-comandante do Exército. Vale ressaltar que Baptista Júnior declarou em depoimento à Polícia Federal que Freire Gomes chegou a ameaçar prender o ex-presidente caso o plano golpista fosse executado

* Giuseppe Janino, ex-diretor de tecnologia do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e responsável pelas urnas eletrônicas

A defesa de Bolsonaro questionou a forma como foi realizada sua intimação na UTI, alegando que o procedimento contrariou o artigo 244 do CPC e ocorreu contra as orientações médicas, situação que, segundo eles, não foi registrada nos autos.

O processo em questão, no qual Bolsonaro e outros sete denunciados se tornaram réus em março deste ano, envolve acusações graves. Conforme a Procuradoria Geral da República (PGR), o ex-presidente tinha conhecimento e deu aval à chamada “minuta do golpe”, um decreto que previa medidas para impedir a posse do presidente eleito Lula. Além disso, a PGR afirma que Bolsonaro estava ciente do plano “Punhal Verde e Amarelo”, que supostamente visava atentar contra a vida do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes.

Os acusados respondem por crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado.

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