A Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou em segundo turno o projeto que permite o uso da Bíblia como material de apoio em escolas públicas e particulares da capital mineira. A proposta, que visa a utilização do livro sagrado para disseminação de conteúdo cultural, histórico, geográfico e arqueológico, foi aprovada com 28 votos favoráveis, 8 contrários e 2 abstenções.
A autora do projeto, vereadora Flávia Borja (DC), defendeu que o texto bíblico pode ser utilizado para estudar civilizações antigas, como Israel e Babilônia, além de trabalhar diferentes gêneros literários, incluindo crônicas, poesias e parábolas.
* O projeto foi aprovado com ampla maioria, recebendo 28 votos favoráveis dos parlamentares
* Uma emenda que proibia a conotação religiosa na abordagem do conteúdo, proposta pelo vereador Pedro Patrus (PT), foi rejeitada por 25 votos contrários
* A participação nas aulas com conteúdo bíblico não será obrigatória, visando garantir a liberdade religiosa
* Parlamentares contrários argumentaram que a medida fere a laicidade do Estado e pode gerar constrangimento a alunos de outras religiões ou ateus
A vereadora Flávia Borja também argumentou que outras religiões, como as de matrizes africanas, já fazem parte do currículo escolar como forma de disseminação cultural. O projeto agora segue para análise do prefeito Álvaro Damião (União Brasil), que terá 15 dias para decidir pela sanção ou veto após o recebimento do texto.