A BH Airport, concessionária responsável pela administração do aeroporto internacional de Confins, em Belo Horizonte, anunciou planos ambiciosos para transformar o terminal em um aeroporto-cidade. O projeto visa atrair empresas de logística para o entorno do aeroporto e fortalecer as operações de carga aérea no estado de Minas Gerais.
O conceito de aeroporto-cidade, adotado pela concessionária, prevê intensa exploração comercial dentro e ao redor do espaço aeroportuário. O CEO do BH Airport, Daniel Miranda, revelou que a primeira fase do projeto focará em galpões logísticos.
* A concessionária está finalizando estudos de viabilidade e prepara um edital para captação de R$ 1,8 bilhão em investimentos
* O aeroporto dispõe de aproximadamente 1 milhão de metros quadrados para novos empreendimentos
* A primeira fase do projeto contempla a exploração de 200 mil metros quadrados ainda em 2024
* O objetivo é desenvolver negócios que complementem as operações aeroportuárias, com foco especial em cargas
* Hub logístico multimodal com 12 mil metros quadrados de área alfandegada
* 300 metros quadrados dedicados a armazenamento de cargas perigosas
* 3.131 metros quadrados de câmaras frias com temperatura entre -18°C e 22°C
* 11 posições para estacionamento de aeronaves cargueiras
* Nova conexão terrestre com o aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro
“A nossa intenção é que ainda neste ano a gente faça um termo de referência e busque uma parceria para explorar mais ou menos 200 mil metros quadrados”, afirmou Miranda. “O conceito de aeroporto-cidade é trazer negócios que tenham sinergia com as operações aeroportuárias para impulsionar a demanda de carga.”
O terminal já demonstra resultados positivos em suas operações atuais. Segundo dados do BH Airport, Confins processou mais de 30 mil operações de importação em 2024, representando um crescimento de 8% em comparação ao ano anterior. O aeroporto recebe cargas de diversos países, incluindo Estados Unidos, China, Alemanha, Itália, Holanda e França, com forte demanda nos setores de vacinas, medicamentos, mineração e automotivo.
Geovane Medina, gestor comercial do BH Airport, destaca a importância estratégica do projeto: “O hub logístico é um quebra-cabeça. É uma peça fundamental no quebra-cabeça, porque essas empresas, o que vier aqui para o entorno, faz com que eu consiga trazer benefícios e vantagens para o meu hub logístico.”