O relatório Focus do Banco Central divulgado nesta terça-feira, 22, apresentou uma redução nas projeções do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025. A mediana das expectativas caiu de 5,65% para 5,57%, após três semanas de estabilidade, permanecendo 1,07 ponto percentual acima do teto da meta de 4,50%.
Considerando apenas as estimativas mais recentes, atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana passou de 5,59% para 5,57%, com base em 115 projeções. Para 2026, a projeção do IPCA manteve-se em 4,50%, aderente ao teto da meta, marcando a quarta semana consecutiva neste patamar.
O Banco Central mantém suas próprias expectativas para o IPCA, projetando uma alta de 5,1% em 2025 e 3,7% em 2026, conforme apresentado no último Relatório de Política Monetária (RPM). A autarquia atualmente considera o terceiro trimestre de 2026 como horizonte relevante, mas há previsão de mudança para o fim do próximo ano na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
* O Copom elevou a taxa Selic em 3,75 pontos percentuais desde setembro, alcançando 14,25%
* Entre dezembro e março, houve um rápido aumento de 3 pontos
* A ata da última reunião, realizada no dia 19, indica nova elevação dos juros em maio, porém com alta inferior a 1 ponto percentual
A partir deste ano, o sistema de metas de inflação passou a ser contínuo, baseando-se no IPCA acumulado em 12 meses. O centro da meta está estabelecido em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. O BC considera que perde o alvo se o IPCA permanecer fora desse intervalo por seis meses consecutivos.