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O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, esclareceu pela primeira vez desde o anúncio da aquisição do Banco Master pelo BRB (Banco de Brasília) o papel da autoridade monetária em processos de fusão e aquisição bancária. Durante audiência pública na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado Federal, Galípolo respondeu a questionamentos dos senadores Leila Barros (PDT-DF) e Fernando Farias (MDB-AL).
“O Banco Central não julga, em qualquer processo de fusão e aquisição, a conveniência da venda ou da compra. A decisão e a conveniência de comprar ou vender qualquer tipo de ativo, integralmente ou parcialmente, é uma decisão de quem está comprando e de quem está vendendo”, explicou Galípolo.
O presidente do BC enfatizou que o papel da instituição é avaliar a viabilidade econômica das operações. “O mandato do Banco Central é julgar e avaliar a viabilidade da aquisição, se a fatia que está sendo comprada, seja parcial ou integral, pode ser absorvida e como isso impacta o plano de negócio de quem está adquirindo. Se o que vai sobrar também tem viabilidade econômica”, acrescentou.
* O BRB anunciou em 28 de março a aquisição de 58% das ações do banco Master
* Inicialmente, foram identificados R$ 23 bilhões em ativos de maior risco e menor liquidez que seriam apartados da operação
* O valor dos ativos apartados já aumentou para R$ 33 bilhões, incluindo precatórios, direitos creditórios e fundos de ações
Galípolo tem conduzido reuniões com diversos atores do mercado financeiro para discutir a liquidação privada dos ativos e passivos do Master que não fazem parte da transação. Entre os participantes estão dirigentes do Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, BTG Pactual, representantes do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), além de Daniel Vorcaro, do Master, e a equipe do presidente do BRB, Paulo Henrique Costa.
