Os preços futuros do açúcar atingiram seu menor patamar em dois anos e meio na bolsa ICE, impulsionados pelo aumento significativo da produção brasileira. A queda nos preços reflete uma recuperação consistente da oferta do produto no mercado internacional.
* O contrato de maio do açúcar bruto registrou queda de 0,9%, fechando em 17,46 centavos de dólar por libra-peso, após atingir 17,38 centavos, menor valor desde setembro de 2022.
* As entregas no vencimento do contrato de maio totalizaram 29.170 lotes, equivalentes a 1,48 milhão de toneladas métricas, conforme informações preliminares de traders.
* A região centro-sul do Brasil produziu 731.000 toneladas métricas de açúcar na primeira quinzena de abril, segundo a Unica, representando um crescimento de 1,25% em comparação ao ano anterior e superando as expectativas dos analistas.
* A Conab projeta que a produção de açúcar do centro-sul brasileiro alcançará 41,8 milhões de toneladas métricas em 2025/26, um aumento de 3,7% em relação à safra anterior.
* Em contrapartida, a Sugar Trading Academy apresenta uma projeção mais conservadora, estimando uma produção de 38,1 milhões de toneladas para o mesmo período.
O mercado de commodities também registrou movimentações importantes em outros produtos. O cacau em Nova York manteve-se estável em US$ 8.887 por tonelada, enquanto o café arábica apresentou leve alta de 0,2%, cotado a US$ 4,0075 por libra-peso.
A Mondelez, proprietária da Cadbury, reportou queda de 3,5 pontos percentuais nos volumes de vendas do primeiro trimestre, mesmo com aumento de preços de 6,6 pontos percentuais. A Barry Callebaut também registrou redução de 4,7% no volume de vendas do primeiro semestre.
As exportações de café robusta da Indonésia mostraram recuperação significativa, com Sumatra registrando 22.770,8 toneladas métricas em março, um aumento expressivo em comparação às 3.947,5 toneladas do ano anterior.