Vini Jr, atacante do Real Madrid, foi novamente vítima de racismo por parte de torcedores do Atlético de Madrid. O incidente ocorreu antes do início do confronto entre as equipes pelas oitavas de final da Champions League, quando torcedores colchoneros entoaram cânticos racistas chamando o jogador brasileiro de “chimpanzé”.
Este não é um caso isolado na trajetória do atleta no futebol espanhol, especialmente envolvendo torcedores do Atlético de Madrid. O histórico de perseguição contra Vini Jr inclui diversos episódios graves:
* Em 2023, torcedores colchoneros penduraram um boneco representando Vini Jr em uma ponte de Madri, simulando um enforcamento. Na ocasião, o brasileiro respondeu em campo marcando um dos gols na vitória por 3 a 1 do Real Madrid nas quartas de final da Copa do Rei.
* Posteriormente, surgiu uma campanha organizada por torcedores do Atlético visando burlar as leis antirracistas, com pessoas se comprometendo a usar máscaras para evitar identificação facial durante manifestações preconceituosas contra o ex-jogador do Flamengo.
* Mesmo em jogos em que Vini Jr não está presente, os ataques continuam. Durante a partida entre Atlético de Madrid e Inter de Milão, também pela Champions League 2023-24, torcedores entoaram o mesmo cântico racista no estádio Riyadh Air Metropolitano.
Em resposta a um dos episódios recentes, Vini Jr manifestou-se em suas redes sociais: “É uma triste realidade que passa até nos jogos que eu não estou presente”.
A UEFA possui um protocolo específico para casos de racismo durante as partidas. Se houver novas manifestações racistas durante o clássico, a partida poderá ser inicialmente paralisada por alguns minutos e, em caso de persistência, o confronto pode ser suspenso definitivamente. Esta medida já é aplicada em diversas ligas europeias e foi necessária em algumas ocasiões durante jogos do Real Madrid no Campeonato Espanhol.