O presidente Donald Trump anunciou planos para realizar “a maior operação de deportação da história dos Estados Unidos”, visando principalmente imigrantes com antecedentes criminais, com uma meta inicial de um milhão de deportações.
Segundo dados de 2022 do Departamento de Segurança Nacional (DHS), aproximadamente 11 milhões de imigrantes vivem sem status legal nos Estados Unidos, número que pode chegar a 13 milhões em 2025, conforme estimativas de organizações especializadas em migração.
* A maioria dos imigrantes sem documentos são mexicanos (43,6%), seguidos por guatemaltecos, salvadorenhos e hondurenhos.
* Trump eliminou o Status de Proteção Temporária (TPS) para mais de 348 mil venezuelanos e 520 mil haitianos, além de revogar o visto humanitário para cidadãos de Cuba, Venezuela, Nicarágua e Haiti.
* O governo iniciou negociações com a Venezuela de Nicolás Maduro para deportações, mas as conversas foram interrompidas após disputas sobre acordos petroleiros.
Cerca de 5,1 milhões de crianças americanas vivem com familiares sem documentos, e as deportações podem afetar significativamente estas famílias de status misto.
Os imigrantes sem documentos representam 4,8% da força de trabalho americana, concentrados principalmente em setores como agricultura, indústria alimentícia, construção civil e serviços.
O Conselho Americano de Imigração estima que deportar um milhão de imigrantes por ano custaria aproximadamente US$ 88 bilhões, exigindo a construção de centenas de novos centros de detenção.
Especialistas questionam a viabilidade do projeto de Trump, considerando que apenas 40 mil pessoas das 1,5 milhão com ordens de deportação estão atualmente detidas.
A maioria dos imigrantes sem documentos (79%) vive nos Estados Unidos há mais de 12 anos, concentrando-se principalmente em estados como Califórnia (2,6 milhões) e Texas (2,1 milhões).