As novas tarifas impostas por Trump sobre importações de aço e alumínio para os Estados Unidos entraram em vigor, gerando reações globais e impactos significativos para o Brasil, segundo maior fornecedor de aço para o mercado americano.
As medidas, que estabelecem tarifas de 25% sobre todas as importações desses metais, provocaram retaliações imediatas da União Europeia e protestos da China, maior produtora mundial de aço. O Brasil, como importante fornecedor, enfrenta desafios significativos com essas novas imposições.
* A União Europeia respondeu renovando tarifas anteriores sobre produtos americanos e implementando novas medidas que afetam itens como “bourbon”, motos Harley Davidson e iates.
* A China, através de sua porta-voz Mao Ning, declarou que “as ações dos Estados Unidos violam seriamente as regras da (Organização Mundial do Comércio)” e prometeu tomar medidas necessárias para proteger seus interesses.
* O Reino Unido expressou decepção mas optou por não retaliar imediatamente, buscando uma abordagem diplomática para negociar um acordo econômico mais amplo.
O Canadá será o país mais impactado, fornecendo metade das importações de alumínio e 20% das importações de aço dos Estados Unidos. O Brasil, responsável por 17% das importações de aço, figura como segundo maior afetado, seguido pelo México com 10%.
As medidas de Trump diferem das implementadas em seu primeiro mandato por não incluírem exceções que antes beneficiavam países como Canadá, México e Austrália, nem o sistema de cotas que favorecia Brasil e Argentina.
Os Estados Unidos importam aproximadamente metade do aço e alumínio utilizados em suas indústrias, afetando setores diversos como automotivo, aeronáutico, petroquímico e produtos básicos de consumo.
A implementação dessas tarifas tem gerado preocupação nos mercados financeiros, com Wall Street registrando perdas significativas e temores crescentes sobre possível recessão e pressões inflacionárias na economia americana.