Menu
Donald Trump elevou drasticamente as tensões comerciais com o Canadá ao anunciar novas tarifas de 50% sobre o aço e o alumínio canadenses, além de ameaçar “fechar” a indústria automobilística do país vizinho. O anúncio ocorreu horas antes do prazo final para imposição de novos impostos sobre esses metais.
Em sua plataforma Truth Social, Trump detalhou uma série de medidas e ameaças contra o Canadá, que fornece metade das importações de alumínio dos Estados Unidos e 20% de suas importações de aço, segundo a consultoria EY-Parthenon.
Principais pontos da escalada comercial:
* Trump aumentará as tarifas sobre importações canadenses de aço e alumínio para 50%, superando os 25% anteriormente anunciados
* O presidente planeja declarar emergência nacional de eletricidade em resposta à sobretaxa de 25% imposta pela província de Ontário sobre exportações de eletricidade para os EUA
* Ameaça impor tarifas sobre importações de automóveis a partir de 2 de abril, podendo “fechar permanentemente” a fabricação de automóveis no Canadá
* Em uma declaração polêmica, Trump sugeriu que a “única coisa sensata” seria o Canadá se tornar o “51º estado” dos Estados Unidos
O primeiro-ministro canadense Mark Carney adotou postura firme, prometendo defender “o estilo de vida canadense”. Doug Ford, primeiro-ministro de Ontário, declarou à CNBC: “O Canadá não está à venda”, ressaltando que seu país é o maior cliente dos produtos americanos.
As medidas afetarão significativamente os setores eletrônico, automotivo e de construção. Drew Greenblatt, proprietário da Marlin Steel em Baltimore, demonstrou satisfação com as novas tarifas, pois aumentaram seus pedidos. Contudo, uma grande siderúrgica americana, que pediu anonimato, alertou que os preços do aço nos EUA aumentarão para corresponder aos custos elevados dos produtos importados.
Larry Summers, ex-secretário do Tesouro, alertou na rede social X que as ameaças tarifárias contra o Canadá representariam “uma ferida autoinfligida à economia americana (…) em um momento em que os riscos de recessão aumentam”.
A escalada da tensão comercial entre os países aliados históricos e parceiros no T-MEC (Tratado de Livre Comércio da América do Norte) promete impactar significativamente as relações bilaterais e a economia de ambas as nações.
