O preço do tomate registrou um aumento significativo de 12,29% em fevereiro em Belo Horizonte, exercendo pressão sobre o valor da cesta básica. Segundo dados divulgados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis (Ipead) da UFMG, a cesta básica teve um ligeiro aumento de 0,04%, alcançando R$ 754,64.
O quilo do tomate chegou a R$ 7,89 nos estabelecimentos da capital mineira, acumulando uma alta expressiva de 52,33% apenas neste ano, superando inclusive o aumento do café, que registrou elevação de 25%.
Principais variações de preços em fevereiro:
* O café moído apresentou aumento de 7,52%, sendo o segundo item com maior alta
* A carne (chã de dentro) teve um aumento moderado de 1,09%
* A banana caturra registrou a maior queda, com recuo de 14,58%
* Os demais produtos da cesta básica apresentaram redução nos preços
De acordo com o economista da Fundação Ipead, Diogo Santos, o encarecimento do tomate está relacionado à baixa oferta do produto. “Portanto, há uma elevação dos preços e invertendo a queda que ocorreu no ano passado, no período de maior oferta do tomate”, explicou.
Perspectivas para o controle de preços:
* O corte de impostos para nove alimentos importados, incluindo carnes e azeite
* A provável elevação da taxa Selic para 14,25%, que pode frear a economia
* A valorização do real frente ao dólar, que tende a baratear produtos importados
* A expectativa de safra recorde de grãos, que pode contribuir para redução dos preços dos alimentos
Em fevereiro, o valor da cesta básica representou 49,71% do salário mínimo. O economista ressalta que diversos fatores podem contribuir para um maior controle dos preços nos próximos meses, embora a efetividade dessas medidas só possa ser avaliada ao longo do tempo.