A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade manter a prisão preventiva do ex-ministro e general do Exército Walter Braga Netto. A decisão foi tomada após análise de um recurso apresentado pela defesa do militar, que está detido desde dezembro por suspeitas de envolvimento em tentativa de interferência nas investigações sobre um suposto plano de golpe de Estado no final do governo Bolsonaro.
A defesa de Braga Netto argumentou que os atos atribuídos ao ex-ministro são “pretéritos”, não justificando a manutenção da prisão preventiva. No entanto, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, identificou evidências de “gravíssima” participação do general nos fatos investigados.
Os ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux acompanharam integralmente o voto do relator Alexandre de Moraes durante a sessão realizada no Plenário Virtual do STF, onde os votos são depositados sem debate presencial.
A decisão unânime reforça a gravidade das acusações contra Braga Netto e a necessidade de manutenção da medida cautelar, conforme entendimento do colegiado.