Ronaldo, ex-proprietário da SAF do Cruzeiro, anunciou oficialmente sua desistência da candidatura à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A decisão foi comunicada através de suas redes sociais nesta quarta-feira (12 de março), após constatar forte resistência das federações estaduais.
O ex-jogador revelou que 23 das 27 federações filiadas à CBF demonstraram indisposição ao diálogo, manifestando apoio à atual gestão e à reeleição de Ednaldo Rodrigues. A situação inviabilizou completamente suas pretensões, considerando os requisitos estatutários para formalização da candidatura.
* Para protocolar oficialmente sua candidatura, Ronaldo necessitaria do apoio de quatro federações estaduais e quatro clubes filiados à CBF, meta que não conseguiu alcançar
* Em sua primeira tentativa de aproximação, 23 federações se recusaram a recebê-lo, impossibilitando até mesmo a apresentação de seu projeto
* As federações justificaram a recusa alegando satisfação com a gestão atual e apoio à reeleição do atual presidente
“Depois de declarar publicamente o meu desejo de me candidatar à presidência da CBF no próximo pleito, retiro aqui, oficialmente, a minha intenção. Se a maioria com o poder de decisão entende que o futebol brasileiro está em boas mãos, pouco importa a minha opinião”, declarou Ronaldo em sua manifestação nas redes sociais.
A possibilidade da candidatura de Ronaldo começou a ser ventilada em meados de 2024, período que coincidiu com a negociação de venda de 90% das ações da SAF do Cruzeiro. A especulação ganhou força em 16 de dezembro, quando uma reportagem do “Jornal Nacional” apresentou o ex-jogador como potencial candidato à presidência da entidade.
“No meu primeiro contato com as 27 filiadas, encontrei 23 portas fechadas. As federações se recusaram a me receber em suas casas, sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição. Não pude apresentar meu projeto, levar minhas ideias e ouvi-las como gostaria. Não houve qualquer abertura para o diálogo”, complementou o ex-jogador.
Diante do cenário, Ronaldo reconheceu a inviabilidade de sua candidatura, respeitando o posicionamento das federações: “O estatuto concede às federações o voto de maior peso e, portanto, fica claro que não há como concorrer. A maior parte das lideranças estaduais apoia o presidente em exercício, é direito deles e eu respeito, independentemente das minhas convicções”.