O Partido dos Trabalhadores (PT) apresentou uma denúncia ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) nesta sexta-feira (14 de março). A ação foi motivada por comentários considerados misóginos direcionados à ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT).
A controvérsia teve início após o presidente Lula afirmar que escolheu uma “mulher bonita” como ministra para melhorar o diálogo com o Congresso Nacional. Em resposta, Gayer fez publicações polêmicas na rede social X (antigo Twitter) envolvendo Gleisi Hoffmann, seu companheiro Lindbergh Farias (PT-RJ), e autoridades do Congresso.
• Na denúncia, o PT alega que Gayer promoveu ataques “vis e gratuitos” ao líder do partido na Câmara, Lindbergh Farias, ao presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), e ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
• O deputado goiano questionou publicamente se Lindbergh aceitaria “o chefe oferecendo a esposa dele para os presidentes da Câmara e do Senado como se fosse um cafetão oferecendo uma garota de programa”.
• Em outra publicação, Gayer fez insinuações sobre “um trisal” envolvendo Gleisi, Lindbergh e Alcolumbre.
Na petição apresentada ao Conselho de Ética, o PT enfatiza que as condutas de Gayer constituem “abomináveis agressões à honra de representantes dos Poderes do Estado Brasileiro” e representam uma “manifestação pejorativa e misógina” contra Gleisi Hoffmann.
O partido argumenta que os ataques violam os deveres éticos parlamentares e configuram violência política de gênero, destacando a necessidade de preservar o ambiente de diálogo e transparência construído pelas mulheres parlamentares na Câmara Federal.
O Conselho de Ética ainda não definiu uma data para análise da denúncia. Se condenado por quebra de decoro parlamentar, Gustavo Gayer pode ter seu mandato cassado.