O ovo liderou as altas de preços entre os alimentos em fevereiro de 2025, com um aumento expressivo de 15,39% em comparação com janeiro, conforme dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira, 12 de março.
O aumento significativo no preço do ovo é atribuído a múltiplos fatores, incluindo o crescimento das exportações devido a problemas relacionados à gripe aviária nos Estados Unidos, além da maior demanda provocada pelo retorno às aulas. Fernando Gonçalves, gerente do IPCA, destacou que “o aumento do ovo se justifica pela alta na exportação, após problemas relacionados à gripe aviária nos Estados Unidos, e, também, pela maior demanda devido à volta às aulas. Além disso, o calor prejudica a produção, reduzindo a oferta”.
* Entre os alimentos, após o ovo (15,39%), destacaram-se as altas da melancia (13,53%) e do café (10,77%)
* No setor de energia, houve um aumento expressivo de 16,80% na tarifa residencial, impactando 0,56 ponto percentual na taxa de fevereiro
* O grupo Educação registrou elevação de 4,70%, influenciado pelos reajustes das mensalidades escolares no início do ano letivo
O café continua em trajetória ascendente desde janeiro de 2024, acumulando um aumento de 66,18% em 12 meses, reflexo dos problemas enfrentados na safra. No setor educacional, os principais reajustes foram observados no ensino fundamental (7,51%), ensino médio (7,27%) e pré-escola (7,02%).
A alta na energia elétrica residencial foi explicada pelo fim da incorporação do Bônus de Itaipu, que havia proporcionado descontos nas faturas durante janeiro. Conforme explicou Fernando Gonçalves: “Com isso, o subitem energia elétrica residencial passou de uma queda de 14,21% em janeiro para uma alta de 16,80% em fevereiro”.
O IPCA, que representa a inflação oficial do país, registrou taxa de 1,31% em fevereiro, elevando o acumulado em 12 meses para 5,06%.