O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) decidiu manter seu cargo no Senado após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada no sábado. Durante o encontro, que também contou com a presença do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), Pacheco descartou a possibilidade de assumir um cargo ministerial no governo federal.
A decisão de Pacheco foi comunicada de forma estratégica logo no início da reunião, evitando possíveis constrangimentos diante de um eventual convite formal do presidente. O senador, que era cotado para assumir pastas importantes como o Ministério da Indústria e Comércio ou o Ministério da Justiça, reafirmou seu compromisso em trabalhar pela base governista no Congresso.
Durante o encontro, Pacheco manifestou interesse em priorizar projetos específicos, com destaque para a Reforma do Código Civil, iniciativa de sua autoria quando ocupava a presidência do Senado. Além disso, comprometeu-se a apoiar as pautas prioritárias do governo em 2025, incluindo o projeto que prevê isenção do Imposto de Renda para rendimentos até R$ 5 mil.
As articulações para a entrada de Pacheco no governo vinham sendo conduzidas há pelo menos quatro meses, com Lula manifestando interesse em diversas conversas privadas. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), chegou a sinalizar ao senador sobre possíveis espaços na Esplanada dos Ministérios.
Embora tenha declinado do cargo ministerial, Pacheco manteve em aberto a possibilidade de disputar o governo de Minas Gerais em 2026, sendo considerado o nome favorito do presidente Lula para a disputa do Palácio da Liberdade.