Marcelo Rebelo de Sousa, presidente de Portugal, anunciou a dissolução do Parlamento e convocou novas eleições para 18 de maio, marcando a terceira dissolução parlamentar em pouco mais de três anos. A decisão surge após o primeiro-ministro Luís Montenegro perder um voto de confiança no Parlamento.
A crise política se intensificou quando Montenegro, que lidera um governo minoritário, enfrentou acusações relacionadas a possíveis conflitos de interesse envolvendo sua antiga empresa de consultoria, hoje administrada por seus filhos, e uma operadora de cassinos.
* Na terça-feira (11), o Parlamento rejeitou a moção de confiança apresentada por Luís Montenegro, com 142 dos 230 deputados votando contra o primeiro-ministro.
* As acusações contra Montenegro envolvem sua empresa de consultoria, que recebia mensalmente 4,5 mil euros de uma operadora de cassinos, embora o primeiro-ministro negue qualquer irregularidade ou conflito de interesses.
Marcelo Rebelo de Sousa justificou sua decisão afirmando que “Se trata de conduzir a becos de natureza pessoal e ética que não tem saída que não sejam as eleições”.
Esta dissolução marca um período de instabilidade política em Portugal, que começou com a renúncia de António Costa em novembro de 2023, após ser alvo de busca policial, seguida agora pela queda de Montenegro, que não conseguiu manter o apoio necessário para governar.
A nova ida às urnas em maio representa mais um capítulo na turbulenta fase política portuguesa, evidenciando os desafios enfrentados pelo país na manutenção de um governo estável.