Major tem condenação mantida por STM por fazer campanha para Bolsonaro

Major tem condenação mantida por STM por fazer campanha para Bolsonaro

Superior Tribunal Militar mantém pena de dois anos de prisão para major do Exército que fez campanha política para Bolsonaro em Fortaleza

O Superior Tribunal Militar (STM) confirmou a condenação do Major João Paulo da Costa Araújo Alves por fazer campanha política enquanto militar da ativa. A decisão mantém a pena de dois anos de prisão imposta pela Justiça Militar da União (JMU) em Fortaleza por crime de recusa de obediência.

O caso ganhou destaque após o Major Araújo descumprir diretrizes do Exército que proíbem manifestações político-partidárias por militares da ativa. Mesmo após advertências, ele continuou utilizando redes sociais para promover sua pré-candidatura a deputado federal e apoiar Jair Bolsonaro.

Processo e Condenação

* Em maio de 2022, o Major Araújo foi preso após ignorar ordens superiores para remover publicações políticas de suas redes sociais
* A Auditoria Militar de Fortaleza julgou duas ações penais em março de 2023, resultando na pena total de dois anos de reclusão
* O primeiro processo tratou do descumprimento de ordens para remoção de conteúdo político
* O segundo processo abordou nova desobediência após sua transferência para outra unidade militar

O ministro Artur Vidigal de Oliveira, relator do caso, teve seu voto pela manutenção da condenação seguido pela maioria dos ministros. Apenas o ministro José Coêlho Ferreira apresentou voto divergente, defendendo a absolvição por insuficiência de provas.

O STM rejeitou a apelação da defesa, que alegava nulidade da sentença por falta de fundamentação nos votos dos juízes militares. O relator enfatizou que o Major Araújo não apenas descumpriu uma ordem legal, mas o fez reiteradamente, ignorando alertas e recomendações institucionais.

“O acusado, ao ignorar reiteradamente as ordens de seus superiores hierárquicos, demonstrou completo desprezo pelas normas disciplinares e regulamentos internos do Exército Brasileiro, o que não pode ser tolerado em uma instituição baseada na hierarquia e na disciplina”, afirmou o ministro Vidigal.

A decisão mantém a condenação, embora ainda caiba recurso no próprio STM ou no Supremo Tribunal Federal (STF), limitado a questões de inconstitucionalidade.

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