Cristiano Rodrigo da Silva, um foragido da justiça, foi preso na Academia da Polícia Civil em São Paulo durante a etapa oral do concurso para investigador. O caso chama atenção por ele ter sido aprovado em diversas fases do processo seletivo, incluindo a investigação social, mesmo sendo procurado por homicídio e roubo desde 2007.
O candidato demonstrou bom desempenho no exame escrito, obtendo 52 pontos distribuídos entre as disciplinas de informática, lógica, língua portuguesa, direito e criminologia. No entanto, sua captura ocorreu após uma denúncia que revelou seu histórico criminal.
* Em 9 de novembro de 2006, Cristiano Rodrigo da Silva e um comparsa clonaram uma viatura da Polícia Civil e se passaram por investigadores do 46º Distrito de Perus para abordar o comerciante José Roberto Nogueira Ferreira, na região da Cidade Líder, zona Leste de São Paulo.
* A dupla roubou um Fiat Fiorino do comerciante, que foi algemado e transportado em um Gol clonado até Mairiporã, na Grande São Paulo.
* Na estrada dos Moraes, o comerciante foi executado com tiros na cabeça, e seu veículo foi incendiado.
Um casal testemunhou a abordagem inicial e anotou a placa do Gol utilizado no crime. As investigações posteriores revelaram que os criminosos utilizavam um estacionamento registrado em nome de uma mulher para ocultar a viatura clonada.
A juíza Carla Zoega Andreatta Coelho, da Vara Júri de Mairiporã, expediu um mandado de prisão preventiva contra Cristiano há 17 anos. Sua prisão finalmente ocorreu nesta segunda-feira (10), quando compareceu para realizar a prova oral do concurso.
O caso expõe uma falha significativa no sistema de avaliação da Polícia Civil, especialmente considerando que o candidato foi aprovado na etapa de investigação social, que tem como objetivo verificar a idoneidade dos candidatos.