Filipe Martins questiona autoridades no caso golpe

Filipe Martins questiona autoridades no caso golpe

Ex-assessor de Bolsonaro pede afastamento de Moraes, Dino, Zanin e Gonet do inquérito que investiga tentativa de golpe após eleições de 2022

A defesa de Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais durante o governo Bolsonaro, adotou uma estratégia controversa no inquérito que investiga a tentativa de golpe. Em uma movimentação considerada arriscada, seus advogados solicitaram o impedimento de três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) – Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin – além do procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Filipe Martins é um dos 34 acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de participação na suposta tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022. Segundo a PGR, ele teria participado da elaboração de uma minuta de decreto que previa a prisão de autoridades, incluindo ministros do STF e o então presidente do Senado.

Principais pontos da argumentação da defesa:

* Questiona a prisão preventiva de seis meses, alegando que as autoridades já possuíam dados de geolocalização que comprovavam sua permanência no Brasil, contrariando a justificativa de suposta tentativa de fuga

* Apresenta documentos que comprovam que Martins não embarcou no avião presidencial para Orlando em dezembro de 2022, incluindo comprovantes de gastos no Brasil

* Compara a atuação do ministro Alexandre de Moraes com a do ex-juiz Sergio Moro, argumentando similaridades com a Operação Lava Jato

* Alega que o procurador-geral Paulo Gonet atuou de forma parcial, ocultando provas e pressionando por uma delação premiada

Em relação aos outros ministros, a defesa argumenta que Flávio Dino fez manifestações críticas a Bolsonaro e aliados antes de assumir cargo no STF, e que Cristiano Zanin atuou como advogado do PT em processos contra o ex-assessor na Justiça Eleitoral.

A estratégia inclui ainda um rol de 29 testemunhas, incluindo autoridades como o próprio ministro Alexandre de Moraes, o ex-procurador-geral Augusto Aras, parlamentares e embaixadores.

Apesar da baixa probabilidade de sucesso, a defesa mantém a argumentação com o objetivo de evidenciar o que considera um processo “arbitrário, vingativo e inquisitorial”.

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