Febre amarela atinge 12 pessoas no Amapá em 2025

Febre amarela atinge 12 pessoas no Amapá em 2025

Estado registra duas mortes pela doença, com casos importados das Ilhas do Pará. SVS intensifica vacinação e monitoramento em todo território amapaense

O Amapá registrou 12 casos confirmados e duas mortes por febre amarela em 2025, com a maioria dos casos provenientes do município de Breves, no Pará. A situação tem mobilizado autoridades de saúde para intensificar ações de prevenção e vacinação em todo o estado.

A reintrodução da doença, que não era registrada há décadas no estado, junto à baixa cobertura vacinal – menos de 50% da meta estabelecida – tem preocupado autoridades sanitárias. Segundo a Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá (SVS), a taxa de mortalidade é alta: aproximadamente 4 em cada 10 pessoas não vacinadas que contraem a doença vêm a óbito.

Ações de Controle e Prevenção

* A SVS iniciou ações preventivas antes do carnaval, focando especialmente em áreas onde foram confirmados casos, como o município de Santana
* Equipes realizam visitas domiciliares nas residências de pessoas afetadas, combatendo criadouros e atualizando a situação vacinal
* O trabalho conjunto entre governo e municípios visa monitorar a situação e implementar medidas necessárias

“Nossas equipes estão trabalhando para que a gente possa fazer uma ação de bloqueio, principalmente das pessoas que chegaram das ilhas. Todos eles vieram das ilhas do Pará, então a gente não tem a transmissão aqui”, explicou Cássio Peterka, Superintendente de Vigilância em Saúde.

Recomendações de Vacinação

* Crianças devem ser vacinadas aos 9 meses de idade
* Menores de 5 anos precisam seguir o calendário de vacinação
* Maiores de 5 anos sem registro ou com dúvidas devem receber dose única válida para toda a vida

A transmissão da febre amarela pode ocorrer tanto em áreas rurais quanto urbanas, sendo o mosquito Aedes aegypti um potencial transmissor em ambiente urbano. “É fundamental que a pessoa esteja vacinada para que não adoeça, lembrando que as pessoas que não são vacinadas tem o risco muito maior de morrer”, alertou Peterka.

Sintomas da Doença

* Sintomas iniciais incluem febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas e no corpo, náuseas, vômitos, fadiga e fraqueza
* Em casos graves, podem surgir febre alta, icterícia, hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos

A principal forma de prevenção continua sendo a vacinação, disponível gratuitamente nas unidades de saúde. As autoridades ressaltam a importância especial da imunização para pessoas que frequentam áreas rurais, seja para lazer ou trabalho.

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