A inadimplência em Belo Horizonte registrou um aumento de 0,3% em fevereiro, conforme dados da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH). O crescimento foi impulsionado por despesas típicas do início do ano, como IPVA, IPTU e material escolar, embora o índice permaneça abaixo das médias nacional, estadual e da região Sudeste.
O valor médio das dívidas na capital mineira alcançou R$ 5.246,57 em fevereiro, representando um aumento de 3,43% em comparação a janeiro. Segundo Marcelo de Souza e Silva, presidente da CDL/BH, “existe uma pressão sazonal sobre o orçamento das famílias referente aos gastos como compra de material escolar, matrículas em escolas e pagamentos de impostos”.
* As mulheres lideram o ranking de inadimplentes em BH, representando 46,89% dos casos
* O valor médio das dívidas é maior entre os homens (R$ 5.508,41) do que entre as mulheres (R$ 5.184,08)
* A faixa etária entre 30 e 39 anos apresenta o maior valor médio de débitos, chegando a R$ 6.273,36
* 18 a 24 anos: R$ 3.480,07
* 25 a 29 anos: R$ 5.361,14
* 40 a 49 anos: R$ 5.930,37
* 50 a 64 anos: R$ 5.040,23
* 65 a 84 anos: R$ 4.105,55
* 85 a 94 anos: R$ 2.499,35
* Acima de 95 anos: R$ 1.540,33
* O índice de inadimplência entre empresas aumentou 4,1% em fevereiro
* Média de 1,7 contas em atraso por CNPJ
* Valor médio devido ultrapassa R$ 6 mil
* Principais setores afetados: Serviços (50,87%) e Comércio (27,99%)
* Principais dívidas: serviços de comunicação (4,7%) e bancos (3,16%)
Apesar do cenário atual, o presidente da CDL/BH mantém uma perspectiva otimista: “Tivemos uma melhora significativa na renda disponível e no mercado de trabalho da cidade. São fatores que sustentam uma perspectiva positiva para 2025”.
O estudo ainda revela que as contas em atraso referentes a Água e Luz e Comércio apresentaram redução de 8,16% e 1,78%, respectivamente, indicando uma possível tendência de melhoria em alguns setores específicos.